O Tratamento Psicanalítico
“Eu não atendo um rótulo que um indivíduo possua, atendo um sujeito que tem um sofrimento”. (Willian Mac-Cormick)
A análise não trata sintomas ou uma patologia, se ocupa daquele que sofre. Sendo assim, não adota protocolos universais, mas, ao contrário, uma análise é um tratamento “personalizado” sempre, que se vai fazendo a cada sessão com cada analisante, onde a singularidade de cada sofrer é mais do que respeitada, mas tomada como prioridade na escuta.
Psicanalista especialista em tal ou qual quadro/patologia? Isso non-ecziste!!! Somente numa coisa o psicanalista pode ser especialista: em escutar o inconsciente.
A análise também não é uma terapêutica do aconselhamento. Se tem algo que é o avesso da função que um analista exerce no tratamento é a figura de coach ou guru. As intervenções do analista não são convencionais, porque miram incidir sobre a dimensão inconsciente da fala e, desse modo, abrem um espaço privilegiado de questionamento e reflexão por parte do analisante. Através da análise, ele pode ter a oportunidade de perceber como faz escolhas, de que forma se coloca nos relacionamentos, de que maneira se afeta pelas situações da vida, e como conta a própria história, por exemplo. Em suma, a mirada do tratamento não é simplesmente os sintomas que se tem, mas o sujeito e seu modo de funcionamento na vida.
Todo sintoma conta uma história, e diz daquele que sofre. É com isso que um analista vai se ocupar pra fazer o tratamento avançar.
A análise é um tratamento pela fala. Assim, medicações, se necessárias, virão através de uma avaliação e acompanhamento com um médico psiquiatra.
E como funciona a psicanálise com crianças?
As crianças se expressam de várias maneiras: pela fala, pelo jogo, pela brincadeira. Todas essas manifestações são parte das sessões, e escutadas pela psicanalista em sua dimesão narrativa em prol do tratamento da criança.